Perguntas frequentes

SOBRE O MOVIMENTO

1. O que é o Movimento Desconecta?

É um movimento criado por um um grupo de famílias preocupadas com o uso precoce de smartphone e redes sociais por crianças e adolescentes, que se uniu para adotar uma postura ativa frente a essa questão. 

Não somos contra a tecnologia, apenas a favor do seu uso equilibrado. Reconhecemos seus inúmeros benefícios, apoiando assim seu uso apropriado para cada faixa etária, de acordo com sua respectiva maturidade cognitiva e emocional.

Atuamos de forma independente, sem fins lucrativos, apartidária e laica.

Entendemos que precisamos de regulamentação formal, mas enquanto isso não acontece, não podemos continuar de braços cruzados. Acreditamos no poder de ações coletivas e queremos inspirar família a família, escola a escola, a se juntarem a nós nessa missão.

 

2. Como surgiu o Movimento Desconecta?

O Movimento surgiu da preocupação de algumas mães da nossa escola em adiar a entrega de smartphone e acesso às redes sociais aos seus filhos. Hoje o Movimento conta com o seguinte Comitê Operacional, composto por mães voluntárias:

1. Aline Amatuzzi
2. Antonia Teixeira
3. Camila Bruzzi
4. Fernanda Machado
5. Fernanda Cytrynowicz
6. Mariana Uchoa

3. O Movimento Desconecta é contra o uso da tecnologia?

Não, o Movimento é a favor do uso equilibrado da tecnologia na vida de crianças e adolescentes. Recentemente, muitos estudos comprovaram os inúmeros malefícios que o uso excessivo, sobretudo de smartphones e redes sociais, podem acarretar nesses grupos etários ainda imaturos. Nesse sentido, o Movimento entende que o uso da tecnologia deve estar alinhado com as recomendações de profissionais sérios e criteriosos que vêm estudando esse assunto. 

 

4. Quais as ações do Movimento Desconecta?

Estimular que famílias de cada escola/comunidade façam um grande acordo para não dar aos seus filhos um smartphone antes dos 14 anos e acesso às redes sociais antes dos 16 anos.

Para quem tem necessidade de comunicação direta com seu filho ou já deu um smartphone e queira substituir, sugerimos aparelhos básicos (sem internet).

Incentivar que cada comunidade dialogue com sua escola sobre possíveis medidas de apoio.

 

5. Qual é o papel da escola no Movimento Desconecta

O Movimento busca na escola a formação de uma importante parceria, com apoio e espaço para divulgação do movimento e campanhas contínuas de conscientização. Após a realização do acordo, o movimento e a escola deverão trabalhar juntos para que seus resultados benéficos se tornem perenes. 

Vale ressaltar que o Movimento não está vinculado à escola ou a qualquer outra instituição ou grupo, sendo portanto autônomo, criado pela comunidade de pais, para atender uma demanda da comunidade de pais.

 

6. Quais são os principais movimentos que inspiraram o Movimento Desconecta?

Além desses movimentos, nosso embasamento científico principal vem do Jonathan Haidt – renomado psicólogo social na Stern School of Business da Universidade de Nova York. 

Jonathan tem um trabalho de pesquisa extenso sobre a influência dos eletrônicos e mídias sociais na saúde mental de crianças e adolescentes e defende um “call to action” importante para mudarmos o cenário atual. Recentemente lançou o livro “A Geração Ansiosa”.

 

7. Qual é a idade recomendada por esses movimentos e pela maioria dos estudos recentes para uma criança/adolescente ter seu próprio smartphone e acesso às redes sociais?

 

Smartphone – não antes de  14 anos;

Redes Sociais – não antes de 16 anos.

Jonathan Haidt, psicólogo e autor do livro “Geração Ansiosa”, sugere adiar o acesso das crianças aos smartphones até os quatorze anos de idade. Ele argumenta que, nesta idade, as crianças estão mais bem equipadas em termos de desenvolvimento para lidar com as pressões sociais e as armadilhas das redes sociais. Antes dessa idade, as crianças ainda precisam praticar atividades como brincar com brinquedos, desenhar e brincar ao ar livre, que são cruciais para o seu desenvolvimento.

 

8. Qual é o papel de cada pessoa que participa do Movimento Desconecta?


Dentro da comunidade de origem do Movimento Desconecta, além do trabalho operacional do Comitê em produzir conteúdo, cuidar da comunicação, fazer a ponte entre nossa própria comunidade e a escola, cada pessoa que faz parte do Movimento (acreditando na causa e entendendo sua urgência no cenário atual) tem uma importância imensurável. É por meio desses integrantes que fortalecemos nossa base de apoio, trocamos ideias e ouvimos as aflições do dia a dia diante do tema. Esses integrantes são multiplicadores do Movimento, expandindo a ideia de um acordo para cada vez mais pessoas: um acordo em prol do desenvolvimento saudável da infância e adolescência.

No que diz respeito à expansão do Movimento Desconecta para outras comunidades, no nosso site há um manual disponível com o passo a passo necessário para que cada grupo de famílias se sinta amparado nessa missão. Cada um deles deverá ter seu próprio grupo de whatsapp, para incentivar a conscientização das pessoas e assim, conseguir angariar apoio para assinatura do acordo, e encontrar parceria com suas escolas para que cada vez mais crianças estejam livres das ameaças do acesso precoce a smartphones e redes sociais. 

9. Por que não falar sobre telas em geral e somentre sobre smartphones?

Escolhemos focar nosso Movimento nos smartphones porque além de todos os modelos terem acesso à internet – uma porta perigosa para crianças e adolescentes -, estão no bolso e podem ser acessados a qualquer momento, o tempo todo. Baseamos nossas medidas principalmente em movimentos que já vem dando certo, como o Smartphone Free Childhood e o Wait Until 8th, que são sobre smartphones. Reconhecemos o problema do excesso das demais telas como tablet, TV, videogame e etc, e acreditamos que essa discussão também é válida e super necessária, mas o foco estratégico do nosso Movimento é adiar a entrega dos smartphones.

SOBRE O ACORDO

1. O que é o acordo coletivo proposto pelo Movimento Desconecta?
É um compromisso perante a sua comunidade assinado em uma plataforma online registrando que você concorda com uma das duas opções abaixo:

Acordo completo: “Eu me comprometo a não dar smartphone para meu filho(a) antes dos 14 anos e não dar acesso às redes sociais antes dos 16 anos.”

Acordo parcial para quem já deu smartphone: “Eu me comprometo a não dar acesso às redes sociais ao meu filho(a) antes dos 16 anos.”

 

2. Como faço para acessar e assinar esse acordo?

Basta acessar o site do Movimento Desconecta e preencher o formulário de assinatura.

3. Eu tenho 3 filhos, preciso assinar o acordo para cada filho?

Sim. O acordo deverá ser feito individualmente para cada filho. Ao preencher o formulário, você terá a opção de incluir filhos, completando para cada um deles o acordo escolhido (completo ou parcial), nome, data de nascimento, nome da escola e série atual.

 

4. Todos os responsáveis devem preencher o formulário?

Não. Cada formulário deve ser preenchido por apenas 1 (um) dos representantes legais da criança/adolescente.

5. E se eu mudar de ideia, posso desistir?

Se mudar de ideia, você poderá nos enviar um e-mail para info@movimentodesconecta.com.br solicitan-

do a exclusão do seu acordo.

6. Meu filho já tem um smartphone. É tarde demais para fazer parte desse Movimento?

 Se o seu filho já tem um smartphone, você tem algumas opções:

 

1. Voltar atrás: Se ele ainda é muito novo, ou ganhou há pouco tempo, ou o uso de smartphones ainda não é disseminado no grupo, explique que, quando você deu o celular, desconhecia os riscos, mas agora, para protegê-lo, precisa rever a decisão.

 

2. Substituir o smartphone: Trocar por um celular básico, sem internet (dumbphone), e aderir ao acordo completo.

 

3. Acordo parcial: Se a decisão for manter o smartphone, você pode se comprometer com a segunda opção de acordo, que foca no adiamento do acesso às redes sociais.

 

7. Whatsapp é uma rede social?
O WhatsApp passou a ser considerado uma rede social, pelos seguintes motivos:

1)Perfis de usuários (usuários podem criar perfis individuais onde compartilhar informações pessoais e interesses)

2) Conteúdo gerado por usuários (usuários podem criar e compartilhar para uma ampla audiência diversos conteúdos)

3) Networking (usuários podem se conectar com outros usuários, seguindo seu perfil, ficando amigos ou participando dos mesmos grupos)

4) Interatividade (usuários interagem uns com outros e com o conteúdo que compartilham, interações podem incluir curtir, comentar, compartilhar ou mandar mensagem privada)

 

Além de possuir stories, likes e outros mecanismos de recompensa, atualmente é a rede mais usada para a disseminação de cyberbullying e a forma como crianças e adolescentes se relacionam na plataforma envolve frequentemente palavrões, grosserias diárias, exposição a grupos ou a conteúdos impróprios.

Vale ressaltar que qualquer plataforma de comunicação que permita grupos coletivos, compartilhamento de fotos, áudios e vídeos por crianças e adolescentes pode ser usada de forma prejudicial quando não conta com mediação ou monitoramento regular de algum adulto responsável para mediação e letramento digital.

 

8. Meu filho tem um celular simples (sem acesso à internet), posso participar do acordo coletivo?

Sim, no acordo coletivo estamos considerando apenas o adiamento de smartphones (celulares com acesso à internet).


Dentro da comunidade de origem do Movimento Desconecta, além do trabalho operacional do Comitê em produzir conteúdo, cuidar da comunicação, fazer a ponte entre nossa própria comunidade e a escola, cada pessoa que faz parte do Movimento (acreditando na causa e entendendo sua urgência no cenário atual) tem uma importância imensurável. É por meio desses integrantes que fortalecemos nossa base de apoio, trocamos ideias e ouvimos as aflições do dia a dia diante do tema. Esses integrantes são multiplicadores do Movimento, expandindo a ideia de um acordo para cada vez mais pessoas: um acordo em prol do desenvolvimento saudável da infância e adolescência.

No que diz respeito à expansão do Movimento Desconecta para outras comunidades, no nosso site há um manual disponível com o passo a passo necessário para que cada grupo de famílias se sinta amparado nessa missão. Cada um deles deverá ter seu próprio grupo de whatsapp, para incentivar a conscientização das pessoas e assim, conseguir angariar apoio para assinatura do acordo, e encontrar parceria com suas escolas para que cada vez mais crianças estejam livres das ameaças do acesso precoce a smartphones e redes sociais. 

9. Por razões pessoais meu filho já tem um smartphone e não voltaremos atrás nessa decisão. Nesse caso eu poderia participar do acordo?
Caso o seu filho já tenha um smartphone, mas não tenha acesso às redes sociais ou você esteja disposto a rever esse ponto, você poderá preencher o formulário e participar do acordo se comprometendo a não dar acesso às redes sociais até, pelo menos, os 16 anos.

10. O Acordo Coletivo tem validade jurídica?

Não. Esse documento não tem validade jurídica. Trata-se de um compromisso perante as outras famílias da sua comunidade escolar.

11. Por que o formulário solicita o CPF do responsável como campo obrigatório?

O Movimento Desconecta solicita o CPF do responsável como dado único de identificação pessoal apenas para garantir que excluiremos da base qualquer eventual formulário enviado em duplicidade.

12. Na nossa casa já decidimos que não daremos um smartphone antes dos 14 anos e redes sociais antes dos 16 anos, porque eu precisaria assinar um acordo dizendo isso?

O grande diferencial do Movimento Desconecta é o fato de ser uma ação coletiva. Para sairmos do dilema de possivelmente isolar nossos filhos socialmente, quando todos os outros estão online, precisamos de um comprometimento em grupo de que vários estarão também desconectados.

Queremos transformar a atual realidade juntos! Ao formalizarmos esse compromisso através da plataforma digital conseguimos mensurar a quantidade de pessoas efetivamente comprometidas com isso, o que ajuda a trazer outras famílias para essa reflexão e mudança.

  

13. Por que esperar até, pelo menos, 14 anos para dar um smartphone?

Muitos especialistas, desde psiquiatras, neurologistas, psicólogos infantis a líderes de segurança na internet e até mesmo executivos de tecnologia, concordam que é melhor esperar maior maturidade antes de entregar a uma criança um smartphone próprio.
 

O cérebro de uma criança está em plena transformação até a adolescência. O córtex pré-frontal — a parte que cuida das decisões e controle de impulsos — ainda está amadurecendo. Durante a puberdade, as emoções se tornam mais intensas e difíceis de controlar, e o uso frequente de smartphones e redes sociais pode potencializar sentimentos de ansiedade, comparação e baixa autoestima, entre outros.

Nessa faixa etária, o cérebro passa por uma fase importante chamada “poda neural”, em que elimina conexões que não são usadas e fortalece aquelas mais ativas. Quanto mais tempo as crianças dedicam a atividades criativas e sociais, melhor para esse refinamento cerebral. 

As idades que seguimos são as recomendadas pelo psicólogo social Jonathan Haidt que tem sido a grande referência dos movimentos internacionais.

14. Ao assinar o Acordo Coletivo, na forma proposta pelo Movimento Desconecta significa que permitirei que meu filho tenha um smartphone ao completar 14 anos?

Não. Ao preencher o formulário e assinar o acordo, você concorda em esperar ATÉ PELO MENOS ele ter 14 anos antes de permitir que seu filho tenha um smartphone. Quando essa idade chegar, você pode avaliar a situação no momento.

15. E se eu precisar entrar em contato com meu filho antes disso?

Considere comprar um celular básico sem internet (dumbphone). O acordo coletivo é apenas para o adiamento de smartphones. Se você quiser que seu filho tenha um celular básico que apenas faça chamadas e envie mensagens de texto, ainda pode assinar o compromisso. O celular básico evita muitas das distrações e perigos do smartphone.

 

16. E quanto a um smartwatch? Posso dar um smartwatch ao meu filho e ainda assinar o compromisso?

Sim. O compromisso é apenas para smartphones. Entretanto, se você optar por dar um smartwatch ao seu filho, proceda com cautela. Smartwatches podem ser muito distrativos, especialmente na escola. Além disso, algumas crianças conseguem acessar conteúdo inadequado em alguns smartwatches. Desative as notificações e a capacidade de baixar aplicativos.